Pelos vistos, existe uma decisão da Procuradoria Geral da República quanto à manutenção da Ponte do Infante, que precisará de manutenção e a mesma foi imputada a ambos os municípios que a ponte serve, ou seja o Porto e Vila Nova de Gaia. Pois bem, os autarcas de Porto e Vila Nova de Gaia, não aceitam a decisão, pois de direito quem deveria fazer a manutenção da mesma deveria ser a Metro do Porto.
Pois bem, será um assunto delicado: a Metro do Porto, que cobre os seus serviços na área metropolitana do Porto - desde Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia até à Póvoa de Varzim, certamente irá alegar que apenas efectuará a manutenção da "sua" infra estrutura. Ou seja, quanto a linhas e a veiculos.
Mas se alegarem esse aspecto como se desenrolará a situação?
Para evitar a degradação, mais uma vez a responsabilidade deverá ser efectuada em conjunto: se o Metro do Porto coloca meios de transporte à disposição dos dois municípios - contribuindo assim para a mobilidade e desenvolvimento de Porto e Vila Nova de Gaia, igualmente os Municípios deverão contribuir conforme as suas possibilidades.
Para que não caiam as pontes entre nós....
Três arquitectos desempregados no Porto serviram de guias ao jornalista do BBC. Preocupados com o impacto da austeridade na zona histórica do Porto, apelidaram esta visita como “a pior excursão”.
Ao longo da reportagem, que mostra vários edifícios antigos, e depois de iniciar com um plano geral da cidade onde se observa o Rio Douro, o jornalista começa por explicar que, “em vez de levarem os ‘turistas’ às famosas lojas de vinho e sítios turísticos históricos, os arquitectos optaram por levá-los aos piores lugares da cidade”.
Não menos de 70 mil edifícios estão agora abandonados no Porto e centros comerciais inteiros encerraram. Retrata o jornalista do BBC, que o Porto “é uma jóia fotogénica na coroa do País, que é quase como se estivéssemos a entrar numa mini Havana”.
Passeando com os arquitectos pelos recônditos da cidade, a principal conclusão que o jornalista realça da “viagem” é a de que a diminuição dos salários, entre outras medidas de austeridade implementadas no País, “prejudicaram de tal maneira que centenas de negócios acabaram. E isto, é algo que se pode tocar, ver e sentir por onde quer que se vá", diz.
E a partir daqui começa a deambulação com os arquitectos, um deles diz mesmo que “duas mil empresas tiveram que encerrar nos dois últimos anos porque o poder de compra foi destruído”.
Já numa incursão pelo Rio Douro vêem-se agora pessoas a lavar à mão a sua roupa, “porque não têm dinheiro para as máquinas de lavar", explica a arquitecta.
Além disso, somos também convidados a entrar num centro comercial e, ao som de uma música, a arquitecta explica que, tal como aquele, muitos shoppings encerrados foram aproveitados por algumas bandas.
FONTE: Jornal de Negócios