Domingo, 23 de Março de 2014
O RETORNO DA GUERRA FRIA
Nestes dias , tem sido notícia a Ucrânia e Crimeira e anexação da última á Rússia. Ora bem, sabemos que a guerra fria não foi uma guerra de armas mas sim de "temor reverencial" de jogos, de indirectamente apoiar guerras de armas em África e outros países.
A Rússia sempre apostou num avançar com "dois passos e recuar um". Pouca diferença faz a Putin as sanções da União Europeia. A Rússia tem mais poder sobre uma União Europeia em degradação que poderá ter os dias contados... isso ninguém diz. E ainda para mais , ser Obama dos EUA ser nobel da Paz e Putin estar a um passo de o ser....
Através de referendo os cidadãos resolveram a anexação à Federação Russa. Pois que assim seja e deixem -se de tretas!

tags:

publicado por citando às 13:27
link do post | favorito

Domingo, 9 de Março de 2014
DANIEL TREISMAN E A CRIMEIA

Editor's note: Daniel Treisman is a professor of political science at the University of California, Los Angeles, and author of "The Return: Russia's Journey from Gorbachev to Medvedev."
(CNN) -- President Putin's endgame in Crimea is now clear -- and the West has only a few days to act.
On Thursday, the Crimean parliament voted 78-0 to hold a referendum on March 16. The main question will ask whether voters want the region to secede from Ukraine and become part of Russia. Previously, a referendum had been scheduled for March 30 on the less politically charged question of whether Crimea should have greater autonomy within Ukraine.
If, as expected, a majority endorses secession, the story will change overnight from one about Russia's unprovoked military invasion to one about a minority's right to self-determination. That is the Kremlin's plan.
Daniel Treisman
Daniel Treisman
European leaders, already having trouble agreeing on a response to naked aggression, will find it much harder to oppose the popular will of the Crimean people. At that point, risky actions to force Crimea back into Ukraine will become difficult for Western politicians to explain to their own domestic voters.
The legal status of the planned referendum is more than murky. Ukrainian acting president Oleksandr Turchynov has called it a "farce" and a "crime against the nation." But, for democratic politicians -- and the societies they represent -- going against a majority vote is never easy.
If Russia can change the subject in this way, Crimean secession will become an established fact. Putin, who assured journalists on Tuesday that Russia did not mean to annex Crimea, will then be able to claim that he was "forced to yield to the will of the people."
A people who died but would not die out 'Best case Ukraine can hope for is ... '
With just a few days to turn the situation around, temporizing needs to stop. Allowing Russia "more time" at this point, as some European leaders have proposed, is exactly what the West should not do. That Russia's Crimean clients have moved the referendum date forward suggests nervousness in Moscow -- and a recognition that time is of the essence.
In the remaining time before March 16, the West must convince both the Kremlin-connected Russian elite and the population of Crimea that the region's secession to Russia would be a mistake. Direct threats are counterproductive, but clearly and calmly articulating the consequences of such a move can produce results.
First, all the European Union states plus the United States should make absolutely clear that they will not recognize the results of a referendum held while armed bands of "self-defense forces" roam Crimea. Any decision to secede that results from such a referendum will be considered illegitimate.
To increase Moscow's isolation, it is worth exploring whether a large majority would support a resolution in the United Nations General Assembly -- of course, Russia would veto in the Security Council -- reasserting the inviolability of borders in this case.
Second, the EU and U.S. should announce that economic relations would be frozen between the West and a Crimea in legal limbo following secession. In part, this freeze would be enforced by the markets themselves.
Crimea's tourism industry would have to forget about attracting Western visitors to the region's beaches. International investors would demand huge risk premiums. But Western restrictions on investment and trade with Crimea could amplify the effect. The region's agricultural produce could be banned from European and Ukrainian markets.
Crimeans must be helped to understand the choice they face: between becoming another Abkhazia -- a failed statelet on intravenous drip from Moscow -- or a flourishing region within the new, broader Europe. The EU should quickly earmark some portion of the 11 billion euros already promised to Ukraine for projects to develop Crimea's economy if it remains Ukrainian.
Third, the United States should work out a set of restrictions to place on Russian banks and corporations that do business in a Crimea that has illegally seceded. As economist Anders Aslund has pointed out, existing rules against money laundering could be enforced more rigorously against various Russian entities.
All of this needs to be done rapidly. While Washington has reacted quickly as the crisis unfolded, the EU has suffered from its chronic lack of central decision-making authority. The next few days constitute a test.
If Brussels cannot forge a strong, common position in time, then management of future crises will simply revert to the foreign ministries of Germany, France, and Britain, with the EU's foreign policy role narrowed to coordinating long-term policies.
While spelling out the costs that threaten the Crimean population and the Russian political elite, Western leaders must continue to devise "off-ramps" to outcomes that Putin could conceivably accept, but that, nevertheless, will not be seen as rewarding aggression.
The West can call for a significant increase in Crimea's political autonomy within Ukraine, negotiated with Kiev. U.S. and European leaders should also speak out far more audibly in favor of minority language and cultural rights. They should have responded with outrage when the Rada, Ukraine's parliament, canceled the status of Russian as an official language and should now praise the promised veto of this law.
It may still be possible to prevent the illegal annexation of Crimea. Putin is sensitive to the danger of splits within his political elite. The West must show him that he has underestimated the extent of political isolation and economic disruption that annexation would cause. It must work on winning the hearts and minds of the Crimean population. The clock is ticking.


publicado por citando às 10:46
link do post | favorito

Sábado, 8 de Março de 2014
CRIMEIA
Os Estados Unidos avisam a Rússia de que a escalada militar na Crimeia vai fechar as portas da diplomacia.
O aviso foi lançado pelo secretário de Estado norte-americano John Kerry numa conversa telefónica com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros Serguei Lavrov.
De acordo com fonte do Departamento de Estado, o chefe da diplomacia norte-americana foi claro. Kerry sublinha que qualquer provocação russa na Crimeia ou em qualquer outra região da Ucrânia fecharia o espaço ainda existente para a diplomacia.
A mesma fonte adiantou ainda que John Kerry pediu ao ministro russo dos Negócios Estrangeiros a maior contenção.
FONTE: renascença

tags:

publicado por citando às 23:10
link do post | favorito

Segunda-feira, 3 de Março de 2014
O APELO CERTO DE PASSOS COELHO... MAS INFELIZMENTE A UCRANIA NÃO É PORTUGAL

“Portugal continua a acreditar na necessidade de se encontrar uma solução política e diplomática que preserve a unidade da integridade territorial e da soberania da Ucrânia.”

Mas a Ucrânia não é Portugal que teve uma Revolução sem um único tiro.

tags:

publicado por citando às 16:27
link do post | favorito

Quinta-feira, 6 de Fevereiro de 2014
HENRIQUE MONTEIRO E PEDRO ABRUNHOSA EM CONFLITO


Agradeço muito o trabalho a que Pedro Abrunhosa se deu para me responder, embora a sua resposta me chegasse através de uma advogada de uma das maiores sociedades de Portugal, a Abreu & Associados.

Abrunhosa não desmente o que eu disse. Pelo contrário, reforça-o. Eu não digo que seja grave o facto ele pensar assim (tem toda a liberdade de o fazer). Grave é não se entender que o pensamento de Abrunhosa é prejudicial à democracia. Em duas palavras, porque não tenho todo o espaço do mundo, o cantor e músico insiste que o "grande capital capturou" a democracia. Até aqui, embora possa discutir, não reagiria. O problema é que ele vai muito mais longe e diz que "o capital deixou de necessitar do processo democrático para fazer vingar" a sua agenda. E essa agenda, segundo Abrunhosa, não é democrática, na verdade compara-a à submisssão integral a interesses religiosos que se verifica em certas 'democracias islâmicas', parecendo desconhecer que nessas 'democracias' não há direitos universais - antes perseguições sobre minorias, ao contrário do que por cá se passa.

Ou seja, o voto popular não vale nada, pelo menos quando não agrada a Abrunhosa, ou não serve, ou não corresponde às suas expectativas. Poder-se-á argumentar que o voto está manietado, mas esse é um argumento fraco quando a regra é e tem sido a alternância no poder. Também se pode argumentar que o regime é mau, está podre, tem de ser reformado (eu defendo reformas e tenho dito em que sentido), mas a ser assim cabe a quem pensa desta forma e se pretende tão lúcido, apresentar pistas ou alternativas.

Vamos ver. Segundo o famoso cantor - e posso estar enganado - a democracia foi uma necessidade de o capital ter um processo de impor a sua agenda. É uma visão, mas com óculos muitos escuros, do processo democrático que nem sequer leva em conta os ideais iluministas. Pior é que mais à frente, o mesmo Abrunhosa diz textualmente "as democracias ocidentais sucumbiram a outras forças maiores". Presume-se que sucumbiram a forças maiores do que a do voto popular (e já agora as democracias não ocidentais, ou aquelas em que isso não terá acontecido, serão quais?). Ou, conhece Abrunhosa no 'ocidente' regimes, mesmo os indiscutivelmente maus, que não resultem da força do voto? E voltamos ao mesmo, se não é a força do voto popular que devemos levar em conta, porque esse voto é manipulado (que alternativa?). Qualquer das interpretações me parece pouco democrática, a atirar para aquele vanguardismo que diz: há aqui uma malta que sabe do que isto necessita e - esses sim - deveriam dispor disto. (Num parêntesis peço que não me recordem que Hitler ganhou eleições. É verdade, mas o seu poder absoluto firmou-se depois de um golpe ilegítimo e inconstitucional. O mesmo aconteceu noutras paragens, mas não, por enquanto, em qualquer democracia ocidental).

Abrunhosa cita Krugman, Stiglittz e Sachs (mal) como na minha juventude se citava (mal) Marx e Engels. Tenho o maior respeito pelos pensadores, mas respeito mais ainda a realidade. E a realidade, do meu ponto de vista - que não é para indispor Abrunhosa, mas por corresponder ao facto de não estar (ao contrário do que diz, no "confortozinho de um gabinete", mas ter visto miséria por todo o mundo e em Portugal) - é esta, que escrevi e a que o meu contraditor foge de responder:

A) Em termos históricos, e apesar da crise que nos vem de 2008, estamos no período em que melhor se viveu em Portugal. E com menos desigualdade. Eu sei que isto choca, mas a História é chocante, salvo para quem se lembra de crianças descalças e de socos a pisar ruas de neve e geada, rapazes de remendos e fundilhos nas calças a dormir tapados por jornais, porque as mantas escasseavam, enquanto pessoas como Abrunhosa ou eu vivíamos quentes e abrigados.

B) Em termos históricos, nunca houve tanta democracia e participação popular no conjunto dos países do mundo, ainda que haja todas as imperfeições que nos levariam a páginas e mais páginas de descrições horrendas. Para quem, como eu viu, dormiu e esteve em choças de campos de refugiados em África, a melhoria é visível a olho nu. Ainda esta semana em Cabo Verde constatei o desenvolvimento que por lá se sente em relação ao que era 20 ou 30 anos atrás.

C) Em termos históricos, e apesar das desigualdades terem aumentado no mundo, há menos pobreza do que em qualquer outra época. E isso deve-se - apesar dos arroubos de Abrunhosa - ao capital, aos mercados, à circulação, à mobilidade.

É isto, e não preconceitos, o que ponho em discussão. Caso quisesse entrar por caminhos, como os que entra Abrunhosa, de forma demasiado pessoal para quem não me conhece de lado nenhum e recorda o meu maoismo (que terminou há mais de 35 anos, tenho 57) apesar de sempre ter sido jornalista depois de ter abandonado qualquer organização dessas, poderia lembrar que ele foi a cara, a voz e a imagem da campanha do Millennium BCP quando o banco era dirigido por Paulo Teixeira Pinto (e não seria este banco e esta personagem um dos captores da democracia, segundo Abrunhosa, que alegre e seguramente de forma recompensada participou?)

Resta-me, para que todos vejam o que provocou o direito de resposta de Abrunhosa, fazer algo que ele, por esquecimento, inadvertência ou desconhecimento não fez: remeter este texto para o texto dele e para o meu original. Aqui (o dele) e aqui (o meu).

FONTE:Expresso

tags:

publicado por citando às 12:37
link do post | favorito


mais sobre mim
pesquisar
 
Junho 2014
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
13
14

15
16
17
18
19
20
21

22
23
24
25
26
27
28

29
30


posts recentes

O RETORNO DA GUERRA FRIA

DANIEL TREISMAN E A CRIME...

CRIMEIA

O APELO CERTO DE PASSOS C...

HENRIQUE MONTEIRO E PEDRO...

arquivos

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

tags

todas as tags

blogs SAPO
subscrever feeds
Em destaque no SAPO Blogs
pub