No habitual comentário na TVI, o ex-líder do PSD começou por explicar que a situação do País mudou. Se há cerca de um ano os indicadores económicos e financeiros eram maus, disse, e nesse momento Passos Coelho teria de tolerar certas candidaturas, agora a situação está diferente.
O primeiro-ministro defende “um perfil não-mediático, não-popular”, diz Marcelo, explicando que, como os indicadores passaram a ser positivos, “na cabeça dele, já ganhou ou pode ganhar as legislativas, embora não o diga”. Assim, “está mais à vontade para definir o Presidente ideal que quer apoiar, para o seu futuro mandato”.
“É uma decisão que parte do princípio de que corre tudo muito bem”, considerou o professor, adiantando: “Eu não me comprometia, não excluía nem incluía ninguém.”
Para o comentador, o primeiro-ministro quis excluí-lo, o que “é perfeitamente legítimo”, dizendo até que não foi uma surpresa. No entanto, frisou que, embora tenha dito, há quatro meses, que a sua candidatura poderia acontecer se houvesse um dever de consciência da sua parte, agora não faz sentido.
“Se o líder diz que é indesejável, uma pessoa de bom senso, a menos que queira fazer um exercício de vingança ou um exercício lúdico, não vai dividir o eleitorado pondo a vitória mais fácil ao candidato do outro lado", salientou Rebelo de Sousa, avançando desta forma que não será candidato à presidência da República.
FONTE: noticias ao minuto