Quarta-feira, 30 de Abril de 2014
MARINHO PINTO


“Nunca me considerei palhaço, intervenho na vida pública com seriedade e sacrifício pessoal. Tenho um compromisso com a verdade. E a verdade não é este espetáculo degradante de vermos Paulo Rangel e Francisco Assis a encenarem divergências profundas sobre a Europa quando pensam e fazem o mesmo”, afirmou o candidato do Partido da Terra Marinho Pinto relativamente aos candidatos de PSD e PS e ao motivo pelo qual se candidata ao Parlamento Europeu.
PUB

Noutro ponto, o ex-bastonário da Ordem dos Advogados afirma, em entrevista ao Jornal de Notícias, que a crise e as consequentes medidas de austeridade estão mal distribuídas, sendo que, na opinião de Marinho Pinto, os cortes mais profundos deveriam ter sido feitos do lado dos mais fortes.

“A austeridade tem incidido só sobre o setor mais frágil da população. Por que é que o rendimento do trabalho paga 54% de impostos e o lucro de grandes empresas, como a EDP, baixou agora para menos de 20%”, referiu Pinto, adiantando que empresas que geram lucros em Portugal e pagam impostos noutro país são ‘criminosas’, acusando estas entidades de “traição nacional”.

Sobre os dez anos de Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia, o cabeça de lista do Partido da Terra é bastante crítico, chegando mesmo a afirmar que “Durão Barroso é o mordomo da Europa”.

“Os dirigentes portugueses, quer em Portugal, quer nas instituições europeias, são quase criados de quarto dos imperadores sem rosto da Europa. E [Durão] Barroso é o pior exemplo”, afirmou quando instado a dar opinião sobre o presidente da Comissão Europeia.

Sobre um eventual perdão da dívida portuguesa Marinho Pinto não tem dúvidas de que o caminho a seguir, apesar de envolver elevados sacrifícios, deve ser o de pagarmos as nossas dívidas.

“Até podemos precisar de 50 ou 100 anos para pagar, mas temos de afastar essa ideia de cortar na dívida. Pedimos dinheiro emprestado, gastamos o dinheiro e agora pedimos aos credores que nos perdoem? Não! Queremos é que a Europa faça investimento e crie condições de coesão”, referiu o político de 63 anos, mencionando ainda ser necessário que “os países mais desenvolvidos façam investimentos nos menos desenvolvidos, para garantir chão mínimo a partir do qual se possa, por exemplo, pagar a dívida”.

Neste particular, Marinho Pinto lamenta ainda o desperdício de fundos comunitários e afirma que se estes tivessem sido bem utilizados Portugal estaria bem melhor economicamente do que está.

“O que se passou com os fundos comunitários nos anos 80 e 90 é uma vergonha. Os milhões de contos que vieram da União Europeia foram roubados por políticos e empresários sem escrúpulos. Podíamos ter hoje uma economia saudável e não temos”, referiu relativamente a este tema.
fonte: noticias ao minuto


publicado por citando às 11:17
link do post | favorito

Domingo, 27 de Abril de 2014
NA BOLSA....
Desde o início do ano a Bolsa não pára de engordar e com ela engordam também as contas de sete grandes (e ricos) empresários portugueses. Américo Amorim e Belmiro de Azevedo viram a suas contas pessoais aumentar mais uns milhões, enquanto o patrão da Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos, é o único a perder.


No ano passado, o valor conjunto da fortuna destes sete empresários era de 13,6 mil milhões de euros, estando hoje avalaidas em 13,94 mil milhões. Ou seja, em apenas um ano, as contas de empresários como Soares dos Santos, Isabel dos Santos, Belmiro de Azevedo, Américo Amorim, José de Mello, Joe Berrado e António Mota cresceram 335,4 milhões.

O ‘Rei da Cortiça’, Américo Amorim, foi o que mais ganhou, graças à valorização de 10% nas ações da Corticeira Amorim e da Galp; seguido da angolana Isabel dos Santos (mais 231,1 milhões) e de José de Mello (mais 183,6 milhões).

O único a perder foi o patrão do Pingo Doce que viu a sua conta a diminuir em 512,2 milhões.
fonte:Noticias ao Minuto

tags:

publicado por citando às 17:17
link do post | favorito

EXCESSOS DE MÁRIO SOARES

O antigo Presidente da República Mário Soares elogiou a forma com a população viveu "na rua" as comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, acusando o Governo de querer ouvir gritar "vivas ao 28 de Maio".

"Ontem vi as pessoas na rua a gritar ´viva o 25 de Abril', enquanto eles [referindo-se ao Governo] a única coisa que queriam ouvir, a começar pelo Presidente da República, era gritar vivas ao 28 de Maio", disse Mário Soares.

Para o antigo Presidente da República o actual Governo PSD/CDS tem "desvalorizado" o que foi o 25 de Abril e por isso Soares ironizou falando do golpe militar de 28 de Maio de 1926 que pós fim à Primeira República.

O socialista contou que teve acesso ao primeiro programa das comemorações dos 40 anos da Revolução dos Cravos apelidando-o de "ridículo".

"Houve a tentativa de esquecer o 25 de Abril. O primeiro programa que o Governo fez, eu tive-o, era absolutamente ridículo. Mas o povo português reagiu de uma maneira extraordinária. Vieram para a rua a gritar e a bater-se pelo 25 de Abril", disse Mário Soares que participava, no Porto, no debate "Um Objecto e Seus Discursos por Semana".

O antigo Presidente da República referiu que com a ida do povo para a rua, a população portuguesa diz "faça-se Abril não só em Lisboa mas por todo o país": "Também no Porto como não podia deixar de ter acontecido. O Porto é a cidade da liberdade", referiu, tendo recebido uma das maiores salvas de palmas da tarde.

O ex-presidente acusou o Governo de ignorar que "há pessoas que não têm possibilidade de comer e pais a bater em caixotes do lixo": "É impensável em Portugal. Como é que há gente que diz q isto não existe. Temos de vir para a rua e dizer que isto não é possível", encorajou Soares.
FONTE: rr

tags:

publicado por citando às 08:10
link do post | favorito

Sábado, 26 de Abril de 2014
O PODER E A FÉ DA IGREJA EM TEMPOS DE CRISE
No dia em que serão Santificados dois Papas, lembro de aqui escrever estas linhas, pois, a Igreja e o Cristianismo, poderão ter duas visões diferentes.
Para uns, a crença, a fé,serão todo o significado que "alimenta" os seguidores de Cristo. Contudo, para outros, mais cépticos, a Igreja para além da fé, funcionará como uma organização com poder que aproveita os tempos de crise para se salientar.
Com João XVIII e João Paulo II - e actualmente com o Papa Francisco - o Vaticano segue a linha da humildade para conquistar fiéis. Claro que, haverá sempre quem critique: por exemplo, em relação João Paulo II muitos são os que falam na sua protecção do Opus Dei, com tudo o que a prelatura pessoal do Papa fundada por Escrivá pode ter de complicado na sua organização.
Contudo, o que importará mais neste momento salientar será a fé e humildade da pessoa em si ( que para os crentes leva à Santidade) destes homens que lutaram por aquilo em que acreditaram!

tags:

publicado por citando às 23:08
link do post | favorito

SEGUNDO DURÃO BARROSO


Durão Barroso considera que os dois Papas que vão ser canonizados este domingo são duas figuras importantes na história da própria Europa.

Em entrevista à Renascença, em Roma, onde se encontra para representar a Comissão Europeia na cerimónia de canonização, Durão Barroso lembrou as marcas que João XXIII e João Paulo II, deixaram no velho continente.

“Estes dois Papas que vão agora ser canonizados são duas grandes personalidades da história europeia. João Paulo II está intimamente ligado à reunificação europeia, não apenas pela luta contra a ditadura comunista no seu país, mas também pelo apoio que sempre deu à unidade da Europa. João XXIII foi também uma das grandes personalidades europeias. Não podemos esquecer que foi ele que convocou o concílio Vaticano II”, disse.

O presidente da Comissão Europeia foi entrevistado pela jornalista Aura Miguel em Roma, onde este domingo se realiza a cerimónia de canonização.


publicado por citando às 23:05
link do post | favorito

OPINIÃO DE SANTANA LOPES

1. Há muitas páginas escritas sobre a gestão do sucesso. Muitos textos foram já publicados sobre a dificuldade dessa tarefa. Portugal regressou aos mercados esta quarta-feira, 23 de Abril de 2014. E fê-lo, importa sublinhar, com uma taxa de juro que se equipara à conseguida pela Irlanda aquando da saída do respetivo programa de ajuda externa. Tem de ser lembrado que há poucos meses quase ninguém acreditava que isto pudesse acontecer. Quando o ministro Rui Machete falou, em Novembro do ano passado, numa sonhada taxa de juro de 4,5 por cento estávamos ainda bem longe dela e foi considerado como uma divagação de um ministro acusado por repetidas declarações polémicas. Gerir o sucesso é muito difícil, mas não é menos fácil os que pecam por falta de crença, retirarem lições dos defeitos e das consequências do seu pessimismo atávico. As sociedades constroem-se com realismo e o Governo das nações dispensa ilusões. Mas é o realismo que é aconselhado e nem otimismo excessivo nem pessimismo entranhado levam a bom porto. Nestas horas mais recentes nada mais resta aos opositores do que tentar descobrir causas externas para o sucesso alcançado. 2. Quando regressei no passado domingo, após uns dias ausente do País, deparei-me com a nova onda de ataques ao primeiro-ministro, a propósito de uma entrevista televisiva. Um comentador da área da maioria falou em grande desilusão e um colunista da oposição falou expressamente num primeiro-ministro impreparado. Confesso que não vi a referida entrevista, mas tive a ocasião de ouvir boa parte do debate quinzenal, também esta quarta-feira, no Parlamento. E manda a verdade dizer que podem ser feitas muitas análises, comentários e críticas sobre a maneira de ser e de governar de Pedro Passos Coelho. Mas, estou certo de que os portugueses não estão de acordo com essa ideia, que alguns, de quando em vez, tentam passar sobre os excessos do Governo. Ouvindo Pedro Passos Coelho, mas seguindo também a lógica da sua argumentação, é fácil constatar exatamente o contrário: ele está muito bem preparado, conhece muito bem os dossiês e não fica atrás de ninguém, pelo contrário, em qualquer debate sobre as matérias da governação. Toma decisões erradas? Seguramente. Peca por algumas omissões? Certamente. Já teve um ou outro engano? Provavelmente. Mas, se assim não fosse, haveria alguma coisa de errado, tínhamos chegado à conclusão de que não pertenceria ao mundo dos humanos. Já aqui falei em artigo anterior sobre as tentativas de menorização que foram dirigidas no passado ao próprio primeiro-ministro, a certa altura a Vítor Gaspar, e depois à atual ministra das Finanças. Todas se vieram a revelar desajustadas. E o tempo tem demonstrado que não é por aí que os opositores podem ter sucesso. 3. Se querem ter sucesso, de facto, têm de mostrar que têm melhores políticas, melhores soluções, melhores propostas para os desafios da sociedade portuguesa. Se algo se espera dos partidos que se consideram de esquerda, é que sejam especialmente interventivos, imaginativos, criativos em matéria de políticas sociais. Os tempos que vivemos, eu disse e repito-o, exigem a construção de um Estado diferente, um Estado solidário no lugar do antigo Estado social. Não existem modelos sociais ou económicos perfeitos ou eternos. O papel que o Estado desempenhou nas últimas décadas na área civilizacional em que nos inserimos também, por definição, não duraria para sempre. Com as novas realidades económicas, com os novos termos de competição à escala global, com as novas tecnologias, era forçoso que o Estado tivesse de entrar num novo ciclo. E assim vai acontecer. Ora, oiço falar muito pouco disso, quer à direita quer à esquerda. 4. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) assinaram, também esta quarta-feira, um acordo que vários dos presentes consideraram histórico. Trata-se, ao fim e ao cabo, de um passo que pretende desbravar caminho no sentido de construir as tais novas respostas para as novas realidades sociais, nomeadamente, as do envelhecimento da sociedade portuguesa, das restrições do Serviço Nacional de Saúde e da cada vez maior procura de Cuidados Continuados e Paliativos. Muitas vezes o sucesso de novas políticas depende, principalmente, da capacidade de descobrir as adequadas formas de organização das instituições existentes. Neste tempo, em que a sociedade chama de novo a um papel mais ativo as Misericórdias e as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) em geral, não podem também estas entidades trabalhar no quadro em que o faziam anteriormente. Há muita matéria, a este propósito, que está em cima da mesa para decisões a vários níveis. Tive ocasião de falar nessa cerimónia nas contradições que, por vezes, existem entre a convicção e a circunstância. Acontece, na verdade, que, por vezes, sentimos o dever de uma atitude, mas sentimos também que ela pode não ser devidamente compreendida e aceite por outros. A opção a tomar deve ser em função dos valores que estão em causa e quando o estão as necessidades dos mais desfavorecidos ou dependentes. A escolha tem de ser de encontrar a coragem para rasgar horizontes. Ao fim ao cabo é isso que se espera também no sistema político em geral, que em vez de se tentar menorizar os adversários, se procure valorizar o trabalho na procura de caminhos que levem a sociedade portuguesa a consolidar a via do crescimento económico, descobrindo ao mesmo tempo as rotas de construção do novo tipo de Estado, o Estado solidário.

FONTE: Jornal de Negócios

tags:

publicado por citando às 09:52
link do post | favorito

Sexta-feira, 25 de Abril de 2014
CASO DE EMERGÊNCIA

Ora bem, por mais que se queira falar, o tema são os 40 anos do 25 de Abril. Uns em "bicos de pés" a reivindicarem a sua paternidade e outros tentando demonstrar a ignorância das gerações mais novas sobre o tema.
Assim sendo, num período anterior a 25 de Abril , em que tudo neste País era manipulado, dando somente como exemplo o período de 38/45 e refugiados em Portugal - em que estes serviram para demonstrar uma estratégia de neutralidade desde que não chateassem o regime - verifica -se que a Democracia em Abril de 74 chegou. Os mesmos que estiveram lá, apesar de estarem de parabéns sem dúvida alguma, igualmente contribuiram para o reverso da medalha: do excesso de rigor para o facilitismo.
Se no regime anterior tudo era proibido ... passa -se rapidamente para o tudo é permitido. Por consequência, esta Democracia - que não se pode por em causa se o é ou não - vive constantemente à procura da sua fundamentação, de crescimento. As raízes surgiram há quarenta anos certamente, mas dia a dia a sua "construção" por vezes é deturpada em função de outros interesses, nomeadamente europeus - ou obedece -se, ou perdem -se fundos e coisa e tal.
Não venham agora, apontar como causa de falhas, Sócrates, Guterres, Cavacos, nem muito menos Passos Coelho ou Seguro - quanto estes dois últimos deram a cara no que tinha de ser- daqui por 40 ou 50 anos poderão surgir como os homens da mudança da Democracia portuguesa.
Tem se ouvido vozes de popularidade a favor de Mário Soares - ponto de referência sem dúvida ( apesar da inconveniência das palavras quanto a Eusébio), Ramalho Eanes e Sampaio. Mas de que seria a sua popularidade feita, se não tivessem existido no seu tempo homens como Sá Carneiro, Amaro da Costa e muitos outros...
A Democracia constói -se dia a dia.

tags:

publicado por citando às 08:32
link do post | favorito

UM HOMEM DE VISÃO

O país comemorava os 20 anos da Revolução e o PSD deu a palavra na sessão solene a um jovem deputado, prestes a fazer 30 anos. Pedro Passos Coelho subiu à tribuna para falar do presente, dos problemas e aspirações da juventude. Declarou-se inconformado com a falta de qualidade das escolas e a deficiente preparação para a vida activa.

“Ficamos apreensivos, certamente, por reconhecer as crescentes dificuldades na obtenção de saídas profissionais, muitas vezes até para os mais qualificados”, afirmava o então deputado social-democrata e líder da JSD.

Passos Coelho também lamentava que às mais optimistas perspectivas de recuperação económica não correspondesse idêntico optimismo de oportunidades geradoras de emprego.
Dizia, contudo, que o país estava longe do “pessimismo doentio de outros tempos” e que era preciso manter um “optimismo moderado”, expressão que hoje continua a fazer parte do discurso do agora primeiro-ministro.
fonte:RR


publicado por citando às 07:07
link do post | favorito

Quinta-feira, 24 de Abril de 2014
UM 25 DE ABRIL 40 ANOS DEPOIS
Com muita gente em "bicos de pés" e perguntas a jovens pós 25 de abril ( que não se lembram sequer dos primeiros anos de Democracia, que fará do Estado Novo!) deixa -se um tributo

tags:

publicado por citando às 11:18
link do post | favorito

FUNÇÃO PÚBLICA E PASSOS COELHO

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou hoje que "os próximos anos serão radicalmente diferentes" e, sem anunciar medidas concretas, falou em "fazer a função pública respirar", em "remover entorses" e "corrigir situações".

tags:

publicado por citando às 11:16
link do post | favorito

Terça-feira, 22 de Abril de 2014
SUICÍDIO DE PASSOS? QUAL SUICÍDIO?
O Professor Marcelo Rebelo de Sousa, veio no seu comentário semanal alegar o "suicídio" do Primeiro Ministro no pós 2015. Fosse esse os verdadeiros "suicídios".
Suicídio é hoje em dia, haver certo trabalho, mas que as pessoas não podem pagar- ou seja vai para o tecto - e quem traabalha vê -se obrigado a pedir emprestado para manter família. E lá vêm as consequências....
fica -se com fama daquilo que não se é: não cumpridor.
Tendo -se vergonha na cara, aí sim Professor Marcelo.... ou isto muda e a ecómia "mexe".... ou haverá muito suicídio... daqueles que têm vergonha na cara!

tags:

publicado por citando às 10:10
link do post | favorito

Quarta-feira, 16 de Abril de 2014
DURÃO BARROSO SEGUNDO JOSÉ ANTÓNIO SARAIVA


Numa manhã de Junho de 2004 recebi uma chamada telefónica de Durão Barroso.

Disse-me que Jacques Chirac, o Presidente francês, acabava de lhe comunicar o seu apoio para presidente da Comissão Europeia - e esse apoio, somado aos incentivos para avançar que tinha recebido de outros chefes de Governo, garantia-lhe a escolha para o cargo.

Eu era das primeiras pessoas a quem ele falava depois do telefonema de Chirac - e queria saber a minha opinião.

Disse-lhe espontaneamente que deveria aceitar. «Esse é um cavalo que não passa duas vezes à mesma porta» - comentei.

Contrapôs-me que não podia pensar só nos seus interesses, porque acima de tudo estava o interesse do país.

E adiantou que iriam acusá-lo de fugir às responsabilidades e à crise aqui em Portugal.

Respondi-lhe qualquer coisa como: «Nos cá nos arranjaremos. Mas muito dificilmente haverá nova oportunidade de um português ser presidente da Comissão Europeia».

Nunca pensei que a sua decisão de aceitar o lugar provocasse tantas reacções negativas em Portugal.

Não previ que o acusassem tanto de ter «fugido» - pois, de facto, não fugiu a nada: foi convidado para um cargo notoriamente mais importante e aceitou.

Julguei, também, que o nacionalismo falasse mais alto.

Em geral, nós orgulhamo-nos do sucesso dos portugueses no estrangeiro - seja de António Damásio ou de José Mourinho.

Mas com Durão Barroso sucedeu o contrário.

Uma das primeiras vozes a atacá-lo foi Mário Soares - que falhara a eleição para presidente do Parlamento Europeu, derrotado pela francesa Nicole Fontaine, e não lidou bem com o sucesso de Barroso.

Mas aqui tratava-se claramente de despeito: depois de um insucesso internacional, Soares tinha dificuldade em aceitar que Barroso fosse escolhido para desempenhar um cargo europeu, ainda por cima muito mais importante.

Mas, se a reacção de Soares podia ser levada à conta de uma questão pessoal, atrás dele vieram outros socialistas engrossar o coro.

Não tardou muito para começarem a dizer que faltava liderança à Europa, que não havia grandes figuras, que Merkel punha e dispunha, etc. - o que, mesmo quando o nome de Barroso não era referido, comportava uma crítica implícita ao seu desempenho.

Queriam talvez que ele partisse a louça, que cortasse relações com a 'senhora Merkel' e desse o grito do Ipiranga, liderando uma revolta com origem no Berlaymont.

Era a eterna incapacidade dos socialistas para avaliarem a realidade, caminhando invariavelmente de ilusão em ilusão.

Diga-se em abono da verdade que nem só os socialistas o atacaram.

Destacados militantes do seu partido, como Santana Lopes ou Marcelo Rebelo de Sousa - este mais sibilinamente -, foram-lhe sempre lançando uns dardos envenenados, na expectativa de que poderiam vir um dia a enfrentá-lo.

Agora, é Sócrates que vem falar de um «mandato medíocre» de Barroso na Comissão Europeia.

Será mesmo?

Esta crítica segue-se a uma entrevista em que Barroso disse o que não devia, pondo-se a comentar a política interna portuguesa.

Não faz qualquer sentido, de facto, um alto funcionário europeu emitir juízos de valor sobre questões internas de um Estado-membro.

Ao falar de Sócrates, de Manuela Ferreira Leite, de Bagão Félix, de Constâncio, Durão Barroso pisou o risco.

Isso não legitima, porém, um ataque de sentido oposto, ou seja, ao seu trabalho à frente da Comissão.

Mas como foi, então, o mandato de Barroso em Bruxelas?

Primeiro, convém precisar que não foi 'um mandato' mas sim dois: depois do 'super-Delors', Durão Barroso é o primeiro presidente da Comissão Europeia a cumprir dois mandatos.

E isso quer logo dizer alguma coisa.

Outros só fizeram um mandato ou nem sequer o completaram…

Depois, Durão desempenhou o cargo em circunstâncias dificílimas, num tempo de problemas financeiros e sociais sem precedentes na Europa comunitária, com Grécia, Chipre, Portugal, Irlanda, Itália e Espanha a enfrentarem crises tremendas e com o eixo Paris-Berlim a fazer uma enorme pressão para se impor.

E neste período assistiu-se, ainda, ao despertar da Rússia.

Ora, com tudo isto a acontecer, muita boa gente previu que a União Europeia fosse implodir ou pelo menos se dividisse entre Norte e Sul, que o euro rebentasse, que Portugal e a Grécia tivessem de sair, etc.

Mas nada disto aconteceu.

No momento em que Durão Barroso deixa o cargo, a Europa apesar de tudo continua unida, o euro resistiu e permanece forte, e - last but not least - a Comissão fez um trabalho limpo, sem escândalos a manchá-lo.

Muitos dos que falam destes assuntos não fazem a mais pequena ideia do que significa o esforço de coordenação política de 28 Estados, muitas vezes com interesses divergentes, com objectivos contraditórios e com eleitorados nacionais a pressionarem os governantes num sentido não europeísta.

É um trabalho homérico, do qual Barroso saiu por cima, respeitado pelos seus pares.

As críticas a Durão Barroso dizem muito sobre aquilo que somos.

Por um lado, somos politicamente fanáticos: a esquerda, pelo simples facto de o ser, tinha de atacar Barroso.

Por outro lado, somos incorrigivelmente invejosos, como já notava Camões.

Ao longo dos últimos 10 anos, todos os pretextos foram bons para desvalorizar a sua função e o seu trabalho.

E isto é deveras original.

Se o presidente da Comissão Europeia fosse um espanhol, seria normal haver tantos espanhóis a atacarem-no, inclusivamente um ex-chefe do Governo?

Na maior parte dos países, a solidariedade nacional funciona.

Em Portugal, a politiquice e a inveja falam mais alto.

tags:

publicado por citando às 13:01
link do post | favorito

Terça-feira, 8 de Abril de 2014
POR SOUSA TAVARES

“Ao contrário do que o Governo sempre disse, que “não há relação direta entre salários baixos, produtividade e emprego”. Quem o diz é o comentador da SIC Miguel Sousa Tavares, que assina semanalmente uma rúbrica no ‘Jornal da Noite’, da SIC.
O escritor dá o exemplo da Autoeuropa, que “tem um dos maiores índices de produtividade e não tem salários baixos”, para dizer que a produtividade não deriva dos baixos rendimentos.

Na perspetiva do antigo jornalista, o que põe em causa a produtividade são a “maquinaria antiga, a falta de investimento, a baixa formação e a má gestão”.

“Se a desculpa é a troika, a partir de 18 de maio o Executivo pode aumentar o salário mínimo”, considera Miguel Sousa Tavares, que vê “o que se faz no Estado como um exemplo para o privado”.

“Se queremos que o país recupere, com salários de miséria não vamos a lado nenhum. Estamos a andar para trás e não para a frente”, critica.
FONTE:Noticias ao Minuto

tags:

publicado por citando às 12:29
link do post | favorito

Domingo, 6 de Abril de 2014
DESENVOLVER O INTERIOR
António José Seguro, quer um plano para desenvolver o interior, através de criação de emprego para fixar a população.
Certamente uma boa ideia, mas dificilmente concretizável: não é chegar ao interior e dizer " formem uma empresa, e empreguem pessoas". O interior, é uma zona tradicionalmente agricola, em que o fomento deste sector era necessário e depressa.
Contudo, note -se que, mesmo pensando na agricultura, a formar -se empresas e trabalho, certamente que o Líder socialista pensará em ter à frente das mesmas um técnico qualificado - diga -se um Dr. ou Engº que poderão perceber muito das quimicas da terra a semear, mas poderão desconhecer por exemplo as fases da lia para quando semear.
Ou seja, os verdadeiros agricultores - cada vez mais raros- aqueles que não necessitam de ter uma licenciatura atrás do nome, esses, espero que António José Seguro pense nos mesmos e que os deixe formar empresas, ou mesmo sem elas, que lhes seja permitido fornecer os seus produtos sem Impostos pesados.
Portugal, ´tem razão Seguro, é um todo: não poderá ser somente o Litoral e principalmente Lisboa...
Mas todos os cidadãos são válidos: uma quarta classe de há 60 anos, vale mais do que certos doutoramentos. Terminem com isso das novas oportunidades - que servem para Drº`s desempregados darem formações....
Poderá entender -se que estou contra licenciados. De maneira nenhuma. Se um agricultor, com a quarta classe é bom, porque não o apoiar? se existirem dez, existirá de certeza concorrência.
Resultado?
É fácil:
Os dez agricultores poderão desenvolver -se precisando aí de ajuda tecnica, quer de Engenheiros, Economistas Juristas...
Em suma: tudo trabalhará no seu sector....
E digo bem: existirá trabalho paralelamente ao emprego!

tags:

publicado por citando às 08:59
link do post | favorito

POR CARLOS ABREU AMORIM

"Ao observar o desenrolar da crise financeira [2007/2008] compreendi que (...) apenas um punhado de pessoas sabia alguma coisa de jeito sobre a última Depressão. Durante os últimos 30 anos incutiram aos jovens das escolas e universidades ocidentais a ideia de uma educação liberal [no sentido anglo-saxónico] sem a substância do conhecimento histórico. Ensinaram-lhes 'módulos' isolados, não lhes ensinaram narrativas e muito menos cronologias. Foram treinados na análise de excertos documentais e não na competência-chave de ler muito, de forma generalista e depressa."
Niall Ferguson, Civilização, o Ocidente e os Outros.

tags:

publicado por citando às 08:51
link do post | favorito

A PONTE DO INFANTE
Pelos vistos, existe uma decisão da Procuradoria Geral da República quanto à manutenção da Ponte do Infante, que precisará de manutenção e a mesma foi imputada a ambos os municípios que a ponte serve, ou seja o Porto e Vila Nova de Gaia. Pois bem, os autarcas de Porto e Vila Nova de Gaia, não aceitam a decisão, pois de direito quem deveria fazer a manutenção da mesma deveria ser a Metro do Porto.
Pois bem, será um assunto delicado: a Metro do Porto, que cobre os seus serviços na área metropolitana do Porto - desde Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia até à Póvoa de Varzim, certamente irá alegar que apenas efectuará a manutenção da "sua" infra estrutura. Ou seja, quanto a linhas e a veiculos.
Mas se alegarem esse aspecto como se desenrolará a situação?
Para evitar a degradação, mais uma vez a responsabilidade deverá ser efectuada em conjunto: se o Metro do Porto coloca meios de transporte à disposição dos dois municípios - contribuindo assim para a mobilidade e desenvolvimento de Porto e Vila Nova de Gaia, igualmente os Municípios deverão contribuir conforme as suas possibilidades.
Para que não caiam as pontes entre nós....


publicado por citando às 08:30
link do post | favorito

Sábado, 5 de Abril de 2014
HIPÓCRISIA DE MERKEL
"Não podemos permitir que metade dos jovens de Espanha ou da Grécia não tenham emprego", disse a chanceler num congresso da União Cristão Democrática (CDU) centrado na aprovação do programa eleitoral para as eleições europeias de 25 de maio.

Para Merkel, combater o desemprego "não é impulsionar um programa estatal a seguir a outro", mas resolver os problemas estruturais.

Ou seja, mesmo para uma hipócrisia da Chanceler Alemã - que colocou a Europa num caus e Alemanha numa super potência - colocada pelo Primeiro Ministro Português a quando " Quando se lixem as eleições". Um problema do Estado, que não se pode resumir a um plano de programa no pensar nas próximas eleições mas sim a longo prazo. Uma reforma estrutural envolve um caminho longo, muito longo que poderá envolver um período de vários governos.
Hoje pode - se dizer que vivemos num período de pasmaceira - em que os mais pobres cada vez estão mais, enquanto falam de crescimento - está -se num momento de desconfiança e de ilusão.
Mas no fundo, temos que ver a situação numa perspectiva diferente: as dificuldades de hoje, serão uma brisa de ar fresco que pode "virar" ventania de bem estar.
Como?
Não estar dependente de Chanceler alemãs ou de entrevistas de Dr. Durão Barroso ( que por mais que fale que o futuro logo verá, mas que prepara caminho para algo), mas apostar na produção e emprego. Fomentar a criação de empresas e emprego, mas fundamentadas em tudo o que é nacional - não estar dependente de União Europeia. Porque não apostar por exemplo numa empresa de coordoaria portuguesa em vez de comprar ao chineses?
A diferença?
É facil: se apostasse mos numa empresa portuguesa, criava - se postos de trabalho. E mais:
quando uma "corda" rebentasse ao fim de um mês, não seria portuguesa certamente!

tags:

publicado por citando às 14:16
link do post | favorito

Sexta-feira, 4 de Abril de 2014
RTP2 NO NORTE: A PARTIR DE VILA NOVA DE GAIA
“Sediada aqui, a RTP2 será um serviço de programas nacional, mas terá oportunidade também de captar as forças vivas do Norte e Centro de Portugal, ao mesmo tempo que não deixará de ter em conta todas as forças vivas do país”, afirmou Alberto da Ponte durante a apresentação da programação da RTP2, que hoje decorreu no Porto.

Segundo salientou, a decisão insere-se na estratégia de consolidação de uma “ampla cobertura geográfica a dar ao Norte e Centro do país”, reforçando “a importância que devem ter no contexto nacional e internacional”.

De acordo com Alberto da Ponte, o diretor do segundo canal será Elíseo Oliveira, atual diretor do Centro de Produção do Norte da RTP.

Entre as novidades na programação da "dois" estará uma nova aposta no jornal 2, transmitido às 21:00, e uma "completa remodelação" do programa "Sociedade Civil", já a partir de segunda-feira.

Também presente no evento, o ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, salientou que “a existência de um centro de decisão e de massa crítica no Norte não se trata apenas de descentralizar, mas também de potenciar os recursos humanos que aqui existem, não apenas na RTP, mas em termos de espaço público”.

“Os artistas, agentes culturais e comentadores, a inteligência que existe no Norte, pode ser potenciada com um serviço de programas que tem a sua edição e a sua responsabilidade no próprio Norte”, sustentou.

Adicionalmente, referiu, “trata-se também de promover, mesmo dentro da RTP, mais diversidade e mais centros de pensamento sobre aquilo que deve ser o futuro da empresa”.

“Parecia-me extremamente importante para o serviço público de televisão ter no Porto um centro de decisão e a responsabilidade editorial por um dos serviços de programas. Isso é bom não apenas para o Porto, é bom para o país e para a RTP, porque significa a criação de mais do que um centro de pensamento e de reflexão sobre o futuro da televisão e, sobretudo, fazer melhor uso de todos os recursos que temos no país”, sustentou.

Relativamente ao processo de reestruturação da RTP, Poiares Maduro disse que “continua em curso” e que a empresa “tem ainda de adequar os seus recursos humanos”.

Quanto à decisão de duplicação do orçamento para o canal 2 (o orçamento de grelha externa passa de quatro para oito milhões de euros) numa altura de fortes constrangimentos financeiros, o ministro referiu que “um dos problemas de que a RTP sofria é que a distribuição dos seus recursos financeiros não estava equilibrada”, pelo que, “à medida que a empresa consegue ser mais eficiente em certas áreas, pode apostar mais na programação e, desde logo, na RTP2”.

Em declarações aos jornalistas no final do evento, o presidente da RTP revelou que a reformulação do canal 2 avançará “em duas etapas”: “Vamos ter uma fase até setembro e, depois, uma transformação um pouco mais completa”, disse, descrevendo-a como “um plano sustentado e de médio longo prazo”.

Para Alberto da Ponte, embora a extinção do segundo canal tenha chegado a estar em cima da mesa num cenário de privatização da RTP, o entendimento da administração - “que foi depois também partilhado pelo Governo” – era que “não era possível cumprir o serviço público sem ter um serviço de programas como a RTP2, segmentado e com determinados grupos alvo”.

Embora sediada no Porto, a ‘dois’ terá, segundo o presidente da estação pública, “que se socorrer de todos os departamentos da RTP, pelo que determinadas especialidades manter-se-ão em Lisboa e continuarão a alimentar o Porto”, assim como alguns programas da RTP1 e da RTP Internacional continuarão a ser produzidos no Centro de Produção do Norte”.

Questionando sobre os números definitivos do plano de rescisões com trabalhadores, Alberto da Ponte remeteu a sua divulgação para “segunda ou terça-feira” da próxima semana, dada a prorrogação feita “a pedido dos trabalhadores”.


publicado por citando às 15:42
link do post | favorito

E PRODUZIR...

Passos diz que "repor tudo" o que foi cortado seria "regredir"

E criar postos de trabalho em todos os sectores económicos certamente!

tags:

publicado por citando às 13:59
link do post | favorito

Quinta-feira, 3 de Abril de 2014
IRS
2015 pode bem ser o ano em que os portugueses vão conhecer a primeira redução de impostos desde que Pedro Passos Coelho assumiu a presidência do Governo Português.


Segundo noticiam hoje diversos órgãos de comunicação social o Governo de coligação PSD e CDS-PP está a ponderar uma descida da taxa de IRS paga pelos portugueses. A medida, que deverá hoje ser debatida na habitual reunião do Conselho de Ministros, passará, ao que se sabe, por uma redução da sobretaxa de 3,5% imposta ainda em 2011, sendo contemplada no Orçamento de Estado para 2015.

A acontecer, esta redução teria sobretudo impacto mais baixos, uma vez que permitiria, por exemplo, a um contribuinte com um salário de mil euros, poupar 35 euros mensais.

De referir que a ideia está alicerçada no bom desempenho recente da economia lusa, sendo que se se continuar a verificar a tendência de crescimento dos últimos meses, bem como a da redução das taxas de juro, a medida deverá mesmo ser incluída no OE de 2015, entrando em vigor já em janeiro próximo.
FONTE:Noticias ao Minuto

tags:

publicado por citando às 10:55
link do post | favorito

mais sobre mim
pesquisar
 
Junho 2014
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
13
14

15
16
17
18
19
20
21

22
23
24
25
26
27
28

29
30


posts recentes

A SUCESSÃO EM ESPANHA

APELO À PAZ

A SINCERIDADE DE RICARDO ...

PS: CONGRESSO OU NÃO?

JORGE JESUS NO BENFICA

POR RAQUEL ABECASSIS

ANTÓNIO COSTA A AVANÇAR: ...

APÓS AS EUROPEIAS.... NAD...

SEGUNDO MÁRIO SOARES

MUDANÇAS APROXIMAM -SE?

arquivos

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

tags

todas as tags

blogs SAPO
subscrever feeds
Em destaque no SAPO Blogs
pub